Então o que eu escrevo aqui geralmente vem de algum acontecimento da minha vida que foi ligeiramente modelado pelo meu ponto de vista e editado pra poder vir ao público... E não tem nenhuma qualidade literária, a não ser a de besteira~
Tradição: uma coisa bem bonita né?
No começo do mês eu tava conversando com uma amiga da faculdade, e ela me contou como é a noite de Natal na casa da avó materna dela (ascendência alemã).
Ela falou que tinha cantoria, e agradecimentos, comida típica e meia noite todos deixavam a ante-sala vazia, para a chegada/nascimento do menino Jesus...
lindo isso né? pois é.
Mas comigo não é assim. Tanto na família dentro da casa, quanto toda a turma que passa o Natal junto.
(turma que passa o Natal = família materna = 5 de mim velhas e/ou adultas, mais egoístas, reclamonas e acomodadas + os maridos[só nasceu mulher nessa família.. os homens são todos agregados] + eu e meus primos)
A única regra é dar presente pras crianças.
No caso meu priminho (longa estória. um bebê novo depois de 14 anos sem nascimentos... tios velhos, inseminação, bebêzinho com síndromes... ), e a minha prima, porque os pais dela são os mais abonados da família, e acho que até ela fazer 86 ainda vai ganhar os 2361283723 presentes de costume dos meus tios..
Eu ainda tiro uma casquinha, com muito esforço...
De resto, de comida esse ano tivemos até pão de metro (é.. pão de metro.)
A gente, de uns tempos pra cá, pegou o costume de sempre passarmos o 24 e o 25 na casa da minha tia mais velha - a abonada.
Então, eles - os abonados- vão mudar de casa. no fim de dezembro. é.
Então supôs-se que a casa estaria toda encaixotada e zoneada e seria o pandemônio fazer alguma coisa lá..
Então tinha que ser na casa de alguém. (TANTAAAAAAM)
A tia mais nova - a do bebê - só reclama e critica (na maior parte do tempo... as vezes ela também reclama do meu excesso de peso e manda uns bolos pra gente...) e falou de cara que na casa dela não dava por causa do bebê, que ela não tinha infraestrutura e tal. Minha avó alega estar velha (e ao mesmo tempo tem facebook, conversa comigo no msn e se orgulha da independência motora do seu C3), e minha tiavó, após a perda que a gente sofreu em junho, se desentendeu com a minha mãe (meu bem, se você procura gente marrenta, vem pra cá. A gente já conseguiu ficar 4 anos com dois mesmbros não se falando em nenhum evento familiar. é tipo um dom.qualquer uma das cinco -exclua a tia mais velha e me insira- é doidinha pra arranjar um bate-boca ) e não queria passar o Natal em família..
Sobrou aqui em casa e não chamamos a tia-avó pro amigo secreto.
Bom, ai uma semana antes da festa, a tia-avó afirmou que não ia interagir com ninguém na data, nem sairia de casa. Acontece que apesar de tudo somos uma família e não queriamos que ela ficasse sozinha (principalmente agora, sem a bisa) , então entramos em ação;
separadamente.
isso foi um problema.
Minha mãe ligou pra ela e fez as pazes
enquanto quase que simultaneamente a tia mais nova mudava o almoço do 25 pra casa dela.
Resultado, minha mãe emburrou com a tia mais nova.
(é assim mesmo bem, assim mesmo; a gente sai de uma e entra em outra)
Mas tá, voltando ao fator da tradição;
árvore a gente já não tem aqui em casa há uns anos - falei..- , mas arranjamos um cantinho, frutas secas, muitos papais Noeis e bonecos-de-neve e decoramos a casa.
Honestamente, quando deu a hora, eu nem sai do meu quarto.
Deu pra ouvir minha avó chegando, mas nem sequer abri a porta. (pode chamar de mal-educada, egoísta, mal-agradecida, eu juro que fico quietinha e escuto. Mas PRIMEIRO você tem que passar uma noite com a minha avó, principalmente depois de quando ela resolveu que é a nova matriarca da família e todos os presentes devem fazer tudo o que ela pedir e respeitar sua opinião e gosto. E não fazer barulho na hora da novela ou do big brother)
Enrolei o máximo que pude e o telefone tocou. fui atender. Fiquei quase meia hora com o Heytor enquanto ele dava voltas na piscina, aparentemente tão away da festa de Natal dele quanto eu da minha.
O resto da família foi chegando, mas dava pra perceber que ninguém estava com muitas espectativas sobre a noite... Aliás, expectativa nenhuma.. posso até dizer que estavam todos no seu pior humor, cada uma (exato, feminino. por que se você soubesse como é a vida aqui, teria muita compaixão pelos maridos) interessada apenas no proprio umbigo.
Falando nos homens da família, todos eles vieram de outros casamentos, então minha "meia-prima" (ela não é nada minha, mas a gente foi criada junta por ter só um ano de diferença, mais a minha prima de verdade -irmã dela) também veio...
E inesperadamente minha tia abonada estendeu uma caixa de sapato e um rolo de papel de presente pra gente e falou pra embrulharmos aquilo pra ela.
Qualquer coisa pra sair da sala, sem dúvida.
E os 40 minutos (depois minha mãe também surgiu com presentes pra embrulharmos tá? não somos assim tão lerdas...) que passamos cortando papel e durex e brincando de origami com aquele troço brilhante já foram considerados (por nós) como o melhor momento que a gent econsiguiria aquela noite - tenho que admitir, a gente consegue se divertir com pouco.
Graças aos céus estavamos enganadas. Perto das onze e meia a tia mais nova encrencou que o bebê ia dormir logo e moveu todo mundo pra trocar os presentes do amigo secreto.
20 minutos até ela conseguir juntar todos do jeito que ela queria (e horas até o bebê dormir de verdade, porque ele é super mal acostumado, estranhou a casa e mesmo não conseguindo parar em pé, se recusou a dormir)
E não sei COMO, mas a tal mágica do Natal contagiou a gente de um tanto que honestamente,
foi uma das noites mais agradáveis que eu já passei com a família desde quando minha quantidade de presentes diminuiu (outro fator da tradição, a imagem que se tem é a de que gente tá - com todo respeito- pouco se fudendo pro real significado, só tá interessado mesmo é no consumismo)
E eu gostei :)
aleatoriedade do espírito natalino:
minha tia tirou meu tio - abonados- de amigo secreto
e era pra ele a tal caixa de sapatos que a gente embrulhou.
Quando ele recebeu, abriu, fez aquela carinha que todo mundo faz quando ganhar presente, parou, olhou, olhou, olhou...
resolveu falar: aquele sapato já era dele (aparentemente ele nunca tinha usado, mais depois de um tempo reconheceu e ficou com cara de ué)
juro que nunca vi minha tia rindo tanto. sério. Depois ela deu o perfume dele.
Depois ela quis fazer a mesma coisa quando deu o presente de natal da minha prima.
ela nem deu bola (ela tinha deixado o sapato jogado no tapete do quarto por que ia colocar ele aquela noite, mas ele tinah sumido): adolescencia. e conhece a mãe que tem. e ganhou um ipod desses mais novos (não entendo de tecnologia)
minha mãe resolveu pedir pra rezar uma Ave Maria.
foi bem na hora do "bendita", recebi a única ligação de Natal da noite (acertou em cheio Jarbas - risos)
não sabia onde enfiar a cara quando começou a sair um "Single Ladies" do meu bolso
minha avó -ja de humor MUITO melhor - começou a falar do amigo secreto dela,
nem ouvi o que ela falou, só entendi um intelectual e me manifestei, pra fazer graça...
era eu. Adoro ganhar presente da parte abonada da família (a vovó também faz parte... aliás, todo mundo faz parte menos a minha parte hahaha)
O bebê estava mais interessado em comer os papeis dos embrulhos do que em qualquer outra coisa.
Pasmem; foi a tia abonada que levou o pão de metro.
Ela tem dinheiro, mas não tem nem desconfiômetro, nem disposição.
Compramos o presente da minha mãe na tarde do dia 24, uma hora antes do shopping fechar...
chamam isso de gente precavida...
Ganhei outro depilador de Natal. (o meu, que eu tinha ganhado também no Natal há mais de 4 anos faleceu no meio do ano); ou seja, sem postagens sobre noites de mutilação ou Helen... pensando bem, Helen sim.
Não sou tão suicida a ponto de fazer todas as partes com aquele negocio fazendo barulho de serra elétrica perto do meu útero...
e pra finalizar:
o papel do embrulho não tinha um gosto bom
e eu descobri sérios problemas com correias de relógios
Aliás, hoje a gente não foi mesmo na tia mais nova.
onze da manhã minha mãe arranjou uma viagem rpa vermos primos..
E meu 25 foi assim, na piscina e assistindo Dexter... que é muito bom, aliás.
"minha mãe resolveu pedir pra rezar uma Ave Maria.
ResponderExcluirfoi bem na hora do "bendita", recebi a única ligação de Natal da noite (acertou em cheio Jarbas - risos)
não sabia onde enfiar a cara quando começou a sair um "Single Ladies" do meu bolso"
Menosprezou meus 30 min de conversa andando em volta da piscina
INGRATAA